5 formas de parar de gastar dinheiro à toa, parte 1
Tudo o que eu faço para poupar dinheiro pode ser replicado por qualquer um.
Para provar o meu ponto vou escrever sobre cinco mudanças que fiz na minha vida de forma a reduzir os meus gastos.
Estas cinco mudanças serão exploradas numa série de 5 artigos que decidi escrever no blogue frugalistico.
Este é o primeiro artigo.
Antes de começar, gostava de alertar que a maioria das mudanças que vou descrever podem ser consideradas extremas.
Medidas extremas muitas vezes produzem resultados extremos.
Se você se quer reformar numa década, antes da maioria das pessoas, provavelmente vai ter que começar a gerir as suas despesas de outra forma.
Como podem imaginar esta série de artigos não vai falar sobre "cortar no seu latte diário".
Nestes artigos vou tentar mostrar quais são as implicações destas mudanças e como estes métodos podem criar riqueza real e duradoura a qualquer um.
Essa riqueza real e duradoura pode então ser usada para gerar renda passiva necessária para não depender do seu trabalho e se tornar financeiramente independente.
Se você realmente pretende se reformar cedo, ou pelo menos mais cedo que a maioria das pessoas, deve considerar a implementação de algumas destas ideias de poupança no seu orçamento pessoal.
Método de Poupança Número 1: Pare de gastar tanto em alimentação
A primeira coisa que deve olhar é como cortar nos gastos com a alimentação, especialmente no que gasta em comer fora.
A alimentação é um dos três pilares da poupança: habitação, alimentação e transporte.
Estas três categorias representam a maioria dos gastos de uma pessoa. Como tal, faz sentido tentarmos optimizar estas 3 categorias antes de olhar para as categorias mais insignificantes.
Quando comecei a fazer orçamentos pessoais em 2013 notei que estava a gastar cerca de €1.000 por mês em alimentação.
Restaurantes chiques, raramente cozinhava em casa, eis o resultado.
Segundo a agência de protecção ambiental as famílias irlandesas deitam fora mais de 300.000 toneladas de resíduos alimentares por ano, ou 80 Kg de alimentos por pessoa.
Cerca de 60% por cento destes resíduos são sobras, frutas e vegetais e produtos fora de prazo. Outros 20% são restos como côdea de pão e cascas de batatas.
A EPA (Environment Protection Agency) diz que uma casa irlandesa desperdiça em média desnecessariamente €700 por ano, o que significa que como nação estamos a desperdiçar mais de €1.000 milhões em alimentos para o lixo todos os anos.
De acordo com o CSO (Central Statistics Office) na Irlanda a média de consumo por pessoa em alimentação ronda os €6.790 por ano, isto dá uma média de €565,83 por mês.
Essa mesma pessoa em média também não se reforma cedo. Certo?
Só precisamos de fazer melhor que a média.
Eu neste momento estou a gastar acima da média, e este ano vou tentar descer a minha média mais um pouco.
Em 2016 gastei €8.133,60 em alimentação.
A diferença entre o meu gasto anual e a média da população irlandesa é de €1.343,60. Ainda há muito por cortar.
Pode não parecer muito dinheiro. Estamos a falar de apenas algumas centenas de euros por mês, certo?
Errado!
É realmente muito dinheiro. Se você conseguir investir €1.343,60 por ano de forma inteligente por 20 anos, eles transformam-se aproximadamente em €66.300.
Isto assumindo 8% de juros compostos anuais (bem abaixo do retorno médio anual no mercado de acções nos últimos 100 anos) e ignorando impostos e inflação.
Não me parece um obstáculo muito alto para pular.
No entanto a recompensa é incrível.
Não sei se vou conseguir baixar a minha despesa €1.343,60 em alimentação este ano.
Mas mesmo que baixe apenas metade €672, essa poupança pode transformar-se aproximadamente em €33.150 após 20 anos.
Você deve perguntar-se se as visitas regulares ao restaurante são realmente importantes.
Com apenas alguns pequenos ajustes nesta categoria do seu orçamento pode render uma incrível quantidade de riqueza a longo prazo.
Quando parei para olhar para os meus gastos com alimentação notei que estava a gastar demasiado em restaurantes.
O que a comida num restaurante lhe pode oferecer que a comida em casa não pode?
Saciedade? Nutrição? Qualidade?
Na realidade os alimentos preparados em casa podem fornecer uma melhor nutrição e qualidade porque você tem controlo na escolha dos ingredientes.
Este ano vou eliminar parte das minhas visitas a restaurantes de forma a cortar drasticamente os meus gastos em alimentação.
Hoje em dia vou a restaurantes pelo menos 6 vezes por semana. Vou tentar reduzir este número para metade.
Uma vez que você consiga evitar os restaurantes poderá concentrar-se em poupar nos gastos com as compras da sua comida consumida em casa.
Comprar em bulk ajuda. Planear refeições também dá uma ideia de exactamente de quanto você precisa, comprando apenas o que você precisa.
Não é dificil. Você apenas precisa de gerir melhor a sua alimentação da mesma forma que gere o seu dinheiro.
Tome conta do seu dinheiro para que um dia o seu dinheiro possa tomar conta de si.
É isto por hoje.
Fiquem atentos ao segundo artigo, que virá em breve.
Obrigado pela leitura